terça-feira, 5 de novembro de 2024

1.ª. Sessão do Clube de Leitura - 3.º ciclo

Durante o mês de outubro os alunos do 1.º e do 2.º ano do Curso de Educação e Formação de Tratadores de Animais em Cativeiro foram convidados a ler “Ladino”, um conto do livro Bichos de Miguel Torga.

No dia 30 de outubro na Biblioteca Escolar, decorreu a primeira sessão do Clube de Leitura para o 3.º ciclo. Apesar de no início estarem um pouco inibidos, os alunos interagiram e conseguiram que a sessão fosse muito interessante e profícua, concluindo que o autor pretende transmitir uma moralidade aos seus leitores.

terça-feira, 29 de outubro de 2024

Clube de Leitura na Escola

 A candidatura da EPAMAC ao projeto “Clubes de Leitura na Escola”, do Plano Nacional de Leitura, foi aprovada, tendo sido atribuída uma verba de mil euros destinada à aquisição de livros. 

O Clube de Leitura pretende ser um espaço que visa promover hábitos de leitura e a divulgação de obras de grandes autores portugueses e internacionais.

Pretendemos que seja um lugar de encontro e interação, onde os nossos alunos possam partilhar opiniões e desenvolver o sentido crítico.

O primeiro encontro do Clube de Leitura destinado aos alunos do 3º ciclo será dinamizado pelas professoras Isabel Carvalho e Vera Pinto e o Clube de Leitura destinado aos alunos do secundário será dinamizado pelos professores Carlos Peixoto e Raquel Magalhães.

Inscreve-te e participa num Clube de Leitura!





 













quinta-feira, 17 de outubro de 2024

Quem és tu Luís Vaz de Camões?


Quem és tu Luís Vaz de Camões?




Título: Quem és tu Luís Vaz?

Tipologia: Documentário

Autoria: Maria Júlia Fernandes

Produção: RTP

Ano: 2002


Luís de Camões é a figura central deste documentário biográfico, com depoimentos de diversos investigadores sobre os episódios mais marcantes da vida do poeta.

Nasceu em Chaves? Passou por Coimbra? Viveu em Constância? Lutou em Marrocos? Os registos não existem e a genialidade da obra de Camões deixa o mito crescer e consolidar-se. 

Quem foi então Camões? Da provável origem galega da família Camões estabelecida em Chaves, onde a rua mais importante detém ainda o seu nome. 

A passagem pela Universidade de Coimbra deduz-se de uma cultura literária profunda que reflete a obra escrita e também do parentesco com D. Bento de Camões, que terá sido chanceler na academia.

Aqui se tenta reconstruir o percurso nebuloso de um homem que, mesmo sabendo reconhecer o seu próprio talento, nunca o viu reconhecido.


terça-feira, 15 de outubro de 2024

Fernão Mendes Pinto, aventureiro e explorador português




 

Fernão Mendes Pinto nasceu em Montemor-o-Velho, por volta do ano de 1510, e morreu em Almada a 8 de julho de 1583. 

Foi contemporâneo de Luís Vaz de Camões (1524-1580).

Ainda pequeno, um seu tio levou-o para Lisboa onde o colocou ao serviço do duque D. Jorge, filho de D. João II durante cerca de cinco anos, dois dos quais como moço de câmara. Este facto poderá comprovar a sua descendência de uma classe social privilegiada.

Em 1537 parte para a Índia, ao encontro dos seus dois irmãos. Um ano mais tarde, durante uma expedição ao Mar Vermelho, participou numa luta naval contra os otomanos e foi feito prisioneiro, foi vendido como escravo a um grego e revendido a um judeu que o levou para Ormuz, no Golfo Pérsico, onde foi resgatado pelos portugueses.

Passou os 21 anos seguintes a viver aventureiramente nas costas da Birmânia, Sião, arquipélago de Sunda, Molucas, China e Japão. 

Numa das suas viagens ao Japão (1554) chegou como noviço da Companhia de Jesus, pois havia entrado para a ordem religiosa após conhecer o padre jesuíta Francisco Xavier (canonizado como São Francisco Xavier). Acabou por se desencantar com a ordem religiosa, abandonando o noviciado e regressando definitivamente a Portugal.

Ao chegar a Portugal, com a ajuda do ex-governador da Índia Francisco Barreto, conseguiu arranjar documentos comprovativos dos sacrifícios realizados pela pátria, que lhe deram direito a uma tença, que nunca recebeu. Desiludido, estabeleceu-se na Quinta de Vale do Rosal, situada em Almada, onde se manteve até à morte em 1583.

As suas aventuras no Oriente são relatadas no livro “Peregrinação”, escrito entre 1570 e 1578 e publicado duas décadas após a sua morte. Talvez seja o diário de viagens mais traduzido e famoso da literatura portuguesa, que não foi publicado em vida devido ao receio que Fernão Mendes Pinto tinha de que as suas críticas aos jesuítas pudessem atrair a ira da Inquisição. 

Os relatos exóticos e as suas previsões quanto à derrocada do Império Português fizeram com que durante muitos anos a sua obra fosse vista como fantasiosa, tanto que o seu nome foi motivo de piada: Fernão, mentes? Minto!

Peregrinação é um dos testemunhos mais simbólicos da diáspora portuguesa nos tempos áureos da expansão do império e fez parte do imaginário coletivo português acerca das conquistas no oriente. Os relatos contidos no livro influenciaram a literatura, o teatro e a música portuguesa, comprovado com o trabalho discográfico de Fausto denominado, “Por Este Rio Acima”, que se inspirou nas viagens relatadas no livro Peregrinação.

Por Este Rio Acima é considerado pela crítica um dos álbuns mais marcantes da música popular portuguesa das últimas décadas. Em 2009, este trabalho foi considerado o 4.º melhor álbum da década de 1980 pela revista Blitz, que recorreu a um grupo de mais de 50 personalidades ligadas ao mundo da música.

Letra do poema que deu origem ao nome do álbum:


Por este rio acima

 

Por este rio acima

Deixando para trás

A côncava funda

Da casa do fumo

Cheguei perto do sonho

Flutuando nas águas

Dos rios dos céus

Escorre o gengibre e o mel

Sedas porcelanas

Pimenta e canela

Recebendo ofertas

De músicas suaves

Em nossas orelhas

leve como o ar

A terra a navegar

Meu bem como eu vou

Por este rio acima

 

Por este rio acima

Os barcos vão pintados

De muitas pinturas

Descrevem varandas

E os cabelos de Inês

Desenham memórias

Ao longo da água

Bosques enfeitiçados

Soutos laranjeiras

Campinas de trigo

Amores repartidos

Afagam as dores

Quando são sentidos

Monstros adormecidos

Na esfera do fogo

Como nasce a paz

Por este rio acima

 

Meu sonho

Quanto eu te quero

Eu nem sei

Eu nem sei

Fica um bocadinho mais

Que eu também

Que eu também

meu bem

 

Por este rio acima

isto que é de uns

Também é de outros

Não é mais nem menos

Nascidos foram todos

Do suor da fêmea

Do calor do macho

Aquilo que uns tratam

Não hão de tratar

Outros de outra coisa

Pois o que vende o fresco

Não vende o salgado

Nem também o seco

Na terra em harmonia

Perfeita e suave

das margens do rio

Por este rio acima

 

Meu sonho

Quanto eu te quero

Eu nem sei

Eu nem sei

Fica um bocadinho mais

Que eu também

Que eu também

meu bem

 

Por este rio acima

Deixando para trás

A côncava funda

Da casa do fumo

Cheguei perto do sonho

Flutuando nas águas

Dos rios dos céus

Escorre o gengibre e o mel

Sedas porcelanas

Pimenta e canela

Recebendo ofertas

De músicas suaves

Em nossas orelhas

leve como o ar

A terra a navegar

Meu bem como eu vou

Por este rio acima

 

 

Referências bibliográficas

Porto Editora – Fernão Mendes Pinto na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2024-10-15 09:30:12]. Disponível em https://www.infopedia.pt/$fernao-mendes-pinto

segunda-feira, 14 de outubro de 2024

O jovem Luís Vaz de Camões na cidade de Coimbra

O programa "Visita Guiada" é um programa de televisão sobre temas da história da arte e da cultura portuguesas.
O episódio 12, da temporada 14, do programa "Visita Guiada" da autoria de Paula Moura Pinheiro, fala da vida de Luís Vaz de Camões, enquanto jovem estudante em Coimbra, nos anos 30 do século XVI.
Para veres o episódio, "O jovem Camões em Coimbra", clica sobre o vídeo:

 



Alarcão, J. Coimbra. O ressurgimento da cidade em 1537. Desenhos de José Luís Madeira. 2022. Coimbra. Imprensa da Universidade.





sexta-feira, 11 de outubro de 2024

Sugestão de Leitura: "Casos do beco das Sardinheiras"

 


O Beco das Sardinheiras é um beco como outro qualquer, encafuado na parte velha de Lisboa. Uns dizem que é de Alfama, outros que é já da Mouraria e sustentam as suas opiniões com sólidos argumentos topográficos, abonados pela doutrina de olisiponenses egrégios.
Eu, por mim, não me pronuncio. Tenho ideia de que ali é mais Alfama, mas não ficaria muito escarmentado se me provassem que afinal é Mouraria. Creio que o nome lhe vem das sardinheiras que exibem um carmesim vistoso durante todo o ano, plantadas num canteiro que rompe logo à esquina, não longe da drogaria que já fica na Rua dos Eléctricos.
A gente que habita o Beco é como as demais, nem boa nem má. Tem sobre os outros lisboetas um apego ainda maior ao seu sítio e às suas coisas. Desde há muito tempo que não há memória de que algum dos do Beco tenha emigrado de livre vontade.

Sugestão de leitura: "Encontros na Cidade Proibida"

 

O livro “Encontros na Cidade Proibida” da autoria de Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada, com ilustrações de Rui Sousa, dá a conhecer, para além de mais uma aventura fascinante e animada, a vida e obra de Tomás Pereira, missionário jesuíta português que, no século XVII, partiu para o Oriente e viveu em Pequim durante 35 anos, contatando diretamente como o Imperador da China na misteriosa e grandiosa Cidade Proibida.

Encontros na Cidade Proibida inclui um conjunto relevante de informação histórica sobre a época, sobre os primeiros jesuítas em Pequim, as suas missões religiosas, a China Imperial e as suas religiões.

1.ª. Sessão do Clube de Leitura - 3.º ciclo

Durante o mês de outubro   os alunos do 1.º e do 2.º ano do Curso de Educação e Formação de Tratadores de Animais em Cativeiro foram convida...