Biografia
Luís de Camões (1524-1580) foi um poeta e humanista português, que ocupa um lugar cimeiro na memória da nação. Autor do poema "Os Lusíadas", uma das obras mais importantes da literatura portuguesa, que celebra os feitos marítimos e guerreiros de Portugal. É o maior representante do Classicismo Português. Essa corrente consiste em uma conceção artística, baseada na imitação dos clássicos gregos e latinos, considerados modelos da Antiguidade.
Luís Vaz de Camões nasceu em Lisboa, Portugal, no ano de 1524. Era filho de Simão Vaz de Camões e Ana de Sá e Macedo, aparentada com a casa de Vimioso, da alta nobreza portuguesa, e sobrinho de D. Bento de Camões, cônego da Igreja de Santa Cruz de Coimbra.
Em 1527, durante uma epidemia de Peste, em Lisboa, D. João III e a corte transferiram-se para Coimbra, e Simão, a mulher e o filho, com apenas três anos, acompanharam o rei.
Luís de Camões viveu sua infância na época das grandes descobertas marítimas e também no início do Classicismo em Portugal. Foi aluno do colégio do convento de Santa Maria e tornou-se um profundo conhecedor de história, geografia e literatura.
Em 1537, D. João III transferiu a Universidade de Lisboa para Coimbra. Camões iniciou o curso de Teologia, mas levava uma vida irrequieta, desordeira, além da fama de conquistador, mostrando pouca vocação para a Igreja.
Em 1544, com 20 anos, deixou as aulas de teologia e ingressou no curso de filosofia. Já era conhecido como poeta. Nessa época, compôs uma elegia à Paixão de Cristo, que ofereceu a seu tio. Seus versos revelam que ele estudou os clássicos da Antiguidade e os humanistas italianos.
Nessa época, encontra-se com D. Catarina de Ataíde, dama da rainha D. Catarina da Áustria, esposa do rei D. João III e, desse encontro nasce uma ardente paixão, mais tarde imortalizada pelo poeta com o anagrama “Natércia”.
Em um sarau, seguido de um torneio poético, o espanhol Juan Ramon, sobrinho de um professor da Universidade, sentiu-se ofendido por causa dos versos de Camões. Seguiu-se um duelo e o espanhol saiu ferido, o que terminou na prisão do poeta, sob o protesto dos estudantes. No final de muitas discussões, Camões foi perdoado, com a condição de ser desterrado durante um ano em Lisboa.
Na capital, os versos do poeta eram apreciados pelas damas da corte, mas era perseguido por outros poetas, sendo vítima de muitas intrigas para desprestigiá-lo e afastá-lo da corte.
Para fugir das perseguições, em 1547, Camões resolve embarcar, como soldado, para a África. Serviu dois anos em Ceuta. Combateu contra os mouros e durante uma briga perdeu o olho direito.
Em 1549, Luís de Camões retornou para Lisboa e entregou-se a uma vida desregrada. Em 1553, envolveu-se em novo incidente, ferindo um empregado do paço. Foi preso e permaneceu um ano encarcerado.
Nessa época, inspirado nas conquistas ultramarinas, nas viagens por mares desconhecidos, na descoberta de novas terras e no encontro com costumes diferentes, escreveu o primeiro canto de sua imortal poesia épica, Os Lusíadas.
Posto em Liberdade, em 1554, Camões embarcou para as Índias. Esteve em Goa, e tomou parte de várias outras expedições militares.
Camões foi nomeado provedor em Macau, na China e durante esse período, escreveu mais 6 contos de seu poema épico. Em 1556 partiu novamente para Goa, mas sua embarcação naufragou na foz do rio Mekong.
Camões conseguiu se salvar nadando, levando consigo os originais dos Lusíadas. Chegando a Goa, foi preso novamente em consequência de novas intrigas. Ali recebeu a notícia da morte prematura de D. Catarina de Ataíde.
Em 1569, Camões resolveu voltar para Portugal e embarcou na nau Santa Fé, levando consigo um escravo, que o acompanhou até seus últimos dias. Chegou a Cascais em 7 de abril de 1570. Depois de 16 anos, estava de volta à sua pátria.
Em 1572 publicou seu poema Os Lusíadas. Que celebra os feitos marítimos e guerreiros de Portugal. Com o sucesso da obra, Camões recebeu do rei D. Sebastião uma pensão anual.
Inspirado em A Eneida, de Virgílio, Camões narra fatos heroicos da história de Portugal, em particular, a descoberta do caminho marítimo para as Índias por Vasco da Gama.
Comemorações do V centenário do nascimento de Luís Vaz de Camões
A Escola Profissional de Agricultura e Desenvolvimento Rural de Marco de Canaveses (EPAMAC) juntou-se ao arrojado Projeto da Rede de Bibliotecas Escolares: "Camões, engenho e arte", que tem como grande objetivo dar a conhecer e compreender a sua vida e a sua obra,
divulgar e valorizar o seu legado de valor universal.
As comemorações do V Centenário do Nascimento de Luís de
Camões vão-se realizar entre 10 de junho de 2024 e 10 de junho de 2026.
e- biografia de Luís de Camões de Dilva Frazão; https://www.ebiografia.com/luis_camoes/